Vendedor de mate é figura conhecida há 20 anos em Copacabana. Comércio na praia movimenta R$ 4 bilhões por ano, de acordo com pesquisa da prefeitura do Rio. O Globo Repórter conversou com Luiz Soares da Silva, conhecido como Ligeirinho, e outros trabalhadores que usam a voz para anunciar seus produtos.

O Globo Repórter conversou com Luiz Soares da Silva, conhecido como Ligeirinho, e outros trabalhadores que usam a voz para anunciar seus produtos.

Uma pesquisa da prefeitura do Rio de Janeiro revela que o comércio na praia movimenta R$ 4 bilhões por ano. A maioria dos ambulantes é homem, como o Seu Luís, que de domingo a domingo vira o Ligeirinho na Praia de Copacabana, onde ‘bate ponto’ há mais de 20 anos. O Globo Repórter desta sexta (16) conversou com ele e outros trabalhadores que usam a voz para anunciar seus produtos.

Antes de ir para a praia vender mate, Luiz Soares da Silva vai na Cadeg, na Zona Norte, escolher a mercadoria, como limão e os copos, e veste uma roupa onde está estampado o apelido de Ligeirinho, que ganhou de um cearense por andar bastante e dominar a venda na região.

Seu Luiz conta que o mate é um feijão com arroz do carioca, da praia. Ele percorre quatro quarteirões com dois galões nos ombros, cada um com 25 kg dizendo: ‘olha o mate, mate limão. Beba mate’.

(Vídeo reprodução Instagram)

Os fregueses afirmam que seu mate é o melhor da praia, e seu Luiz diz que o sabor tem um segredo que não pode contar a ninguém. O gosto conquista fregueses de geração em geração. Alguns ganham até um ‘chorinho’, que é a dose extra.

Ligeirinho é uma figura tão querida que ganhou até raquete personalizada para as aulas de beach tennis, o tênis de praia. Os professores o convidam para treinar com gratuidade e ele acaba vendendo e jogando.

A turma do beach tennis deu uma força ao seu Luiz durante a pandemia, quando as vendas despencaram. Eles garantiram cesta básica e parte do pagamento das despesas com a casa.

“A minha vida é o mate e a praia. Consigo sustentar minha família. Eu agradeço o sol, agradeço a chuva, agradeço o vento. Faz parte da natureza. A chuva é para descansar e o vento é pra refrescar”, conta Seu Luiz.

Vendedores de mate como o Ligeirinho ganharam status de patrimônio imaterial do Rio – símbolos cariocas.

Acompanhe nas Redes Sociais:

Clique para ver a matéria original: G1